Autor: Cristovão Tezza
Editora: Verus
Páginas: 222
Avaliação: 

O livro é narrado pelo "pai do Felipe", um escritor, que aos 28 anos se torna pai e, seu primeiro filho é diagnosticado com "mongolismo" (ou síndrome de down). O livro se passa em 1980, quando Felipe nasce, na noite de 3 de novembro.
O pai do Felipe é um escritor mal sucedido que nunca teve bons resultados com seu trabalho. Vive se lastimando e se culpando por nunca ter feito algo que preste, e do nada ele tem de se preparar para ser pai.
O escritor acha que após o nascimento do filho ele poderá ser alguém e terá "mais credito na praça", mas não é isso que acontece. Ele se vê em uma situação totalmente inesperada e sem saída: seu filho tem mongolismo, e então, a partir dessa notícia o livro se deslancha desde o nascimento do filho até os seus 26 anos.

Durante todo o livro ele, pai do Felipe, relembra de acontecimentos passados e que de alguma forma, os influenciaram  a ser quem ele é. E então você acompanha ele nessa viagem ao tempo, do passado ao presente e do presente ao futuro, pois o livro é escrito de forma variada e, em alguns capítulos ele narra no presente e em outros no passado.
"O filho eterno" é um livro emocionante, cativante e muito bem escrito. Nos primeiros 10 capítulos a leitura é bem massante, mas com o passar das páginas, você descobre uma história linda. O livro traz uma reflexão muito boa sobre o sistema e o cotidiano brasileiro, onde muitos de nós somos apenas "gados", fazendo sempre a mesma coisa todos os dias e aceitando as situações que nos são impostas.
Eu adorei toda a história, a escrita e os detalhes que o escritor consegue transmitir linha por linha, mas como esse não é meu gênero favorito eu dei 3 estrelinhas para ele. Levo em consideração que eu tenho apenas 17 anos e prefiro livros de ficção e amorzinhos. Eu realmente amo enriquecer o meu conhecimento sobre os assuntos gerais do nosso país, amo ler textos que trazem sátiras e críticas ao nosso governo e nos faz cair na realidade, mas na minha opinião a hora da leitura é a única hora em que eu posso ser quem eu quiser, posso morar e viver o que eu quiser, posso fantasiar uma viagem para Amsterdã ou um amor impossível, por isso eu prefiro deixar esses momentos mais sérios para uma outra hora, entendem? Eu busco um refúgio em meus livros, um escape da realidade.
Tenho certeza que essa pode não ser uma opinião concreta, e que posso sim muda-la daqui algum tempo ou até mesmo perceber o quão "imatura" eu era por pensar assim, mas esse momento ainda não chegou, então por motivos próprios e bastante pessoais dou 3 estrelinhas de 5, mas ainda assim garanto que você não irá se arrepender de conhecer mais profundamente essa história.


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